quarta-feira, 15 de junho de 2011

VIDA DE FREELA



Elas conquistaram a liberdade de administrar o próprio tempo, mas precisam conviver com as demandas eternamente inconstantes desse tipo de opção profissional


Crédito: Christian Parente
Aprendendo a dar limites - Adriana Bernardi

Trabalhar em casa, não ter mais chefe, ficar perto dos filhos. São vários os motivos que levam as mulheres, em diferentes áreas de atuação, a optar pela vida de freelancer. Por um lado, conquistar a liberdade de administrar o próprio tempo não tem preço. Por outro, é necessário boa dose de disciplina e equilíbrio emocional para lidar com uma vida profissional cheia de altos e baixos. 

Sim, ser frila é aprender a viver alternando meses de altos rendimentos, muito trabalho e pressão dos clientes com fases em que não se tem praticamente nada para fazer. De acordo com a economista Regina Madalozzo, professsora do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), de São Paulo, a migração da vida corporativa para a vida de frila normalmente é precedida de negociação com as empresas em busca de um horário mais flexível. 

Quando não é possível e a angústia em relação à agenda pessoal cresce, muitas mulheres, que não querem virar empreendedoras, terminam optando por se tornar freelancer, trabalhando por projetos. "O que não quer dizer que vão trabalhar menos, mas que terão mais flexibilidade", diz Regina.

PURA ORGANIZAÇÃO
Engana-se quem encara essa decisão de forma ingênua, acreditando que a profissional freelancer só faz o que quer, na hora em que tem vontade. Falo por experiência própria. Trabalho em casa há sete anos, desde que minha filha, Ana Clara, nasceu. Fico feliz em poder levá-la à escola e ver de perto sua evolução na natação. Mas, para conseguir acompanhar seu dia a dia, muitas vezes preciso trabalhar durante a madrugada e também nos fins de semana.

"A mulher que não está presa à rotina de uma empresa precisa ter consciência de que sua responsabilidade é ainda maior. Principalmente, se ela vive sozinha ou se seus ganhos são importantes para a manutenção do bem-estar de uma família", diz o psiquiatra Luiz Cuschnir, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Nem todo mundo consegue se adaptar a esse formato de trabalho. "
Freelancers precisam ser extremamente organizados e objetivos", diz Christian Barbosa, diretor executivo da Triad Consulting, especializada em produtividade. Também é preciso ser boa de finanças, para gerenciar os rendimentos, que variam mês a mês. "Quando a profissional consegue equilibrar a vida financeira, conquista uma nova forma de liberdade: a de escolher o trabalho que deseja fazer", diz o consultor financeiro Gustavo Cerbasi. Confira , a seguir, as histórias de três profissionais que trocaram a carteira assinada pela vida de frila — e não se arrependem.



Continue lendo este artigo: http://bit.ly/lcQiXA
Fonte: Texto original de Claudia Miranda - Revista Você S/A

Nenhum comentário:

Postar um comentário