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O ator Ítalo Rossi morreu na terça-feira (2), aos 80 anos, de insuficiência respiratória. Ele estava internado desde segunda-feira (1) no Hospital Copa D’Or, zona sul do Rio de Janeiro. Foram quase 60 anos de amor ao teatro, ao cinema e à televisão.
"Eu nunca vi o Ítalo discutir, elevar o tom de voz. Nunca ele brigou com ninguém. Era muito agradável trabalhar com ele", disse o ator Felipe Wagner.
O menino franzino tinha um nome imponente: Ítalo Balbo di Fratti Copola Rossi nasceu em Botucatu, interior de São Paulo. De personalidade forte e voz grave, o jovem Ítalo Rossi fez sua estreia profissional no teatro brasileiro de comédia em 56 e fundou o Teatro dos 7 com Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Sérgio Britto.
Na TV, a estreia foi em 1963. Interpretou personagens inesquecíveis em seriados, minisséries e novelas, como o mordomo Alfred, de Senhora do Destino, e Seu Ladir, de Toma Lá Dá Cá, uma de suas últimas participações na TV Globo.
Foram quase 60 anos de carreira. O talento nos palcos lhe rendeu cinco prêmios, sendo três deles o Molière, um grande reconhecimento para o mundo das artes cênicas.
O corpo foi velado no Cemitério do Caju. Parentes e amigos do teatro e da TV se despediram do mito da dramaturgia brasileira. "Você não consegue dissociar teatro de Italo Rossi. É isso que ele vai deixar pra gente, pra vida toda", disse Esther Jablonski, atriz e escritora.
Pouco antes de adoecer, Ítalo Rossi continuava na ativa. Nesta quarta-feira (3) ele começaria a dirigir os ensaios da peça Coisas da Vida. O gênio dos palcos, que trabalhou até o fim, tinha um desejo. "Eu espero que as pessoas que me viram, que assistiram durante todo esse tempo, lembrem-se de mim", disse em uma entrevista.
Fonte: Mariana Gross - Jornal Hoje
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